Parem os ponteiros



A noite está apenas começando
Eu vou perder a calma com relógio
Minha alma para a tua e o juízo,
Meu nos braços teus, somente.

Enquanto minhas pernas levitam
E meus lábios enroscam tuas teias
O mundo saltitante dá as caras
Freia bruscamente a 12mil km/h.

Então, me recomponho tremulo
Sem jeito ou graça, com um riso bobo
Chapado no rosto, aqui, no pescoço
A noite está apenas começando

E eu nem quero saber do sol raiar.
Não pelas próximas tantas horas.

Não enquanto você estiver aqui, comigo

Michael Wendder - Direitos reservados

Composto na madrugada de 30 de novembro de 2010 às 03h33min, inspirado na idiossincrasia de R.M.

Site



Galerinha do mal, em janeirão, o nosso site volta ao ar. Em dezembro, entro em estúdio para gravar algumas canções e vou partilhar com vocês... Mas, já vou avisando, se alguém ficar surdo ou louco, não pago indenizações. Aliás, não "pago" nem a luz pra dormir, que já é pra economizar.


Aquele abraço. Forte, apertado e travesso. (Uiiiiiiiiiiiiii)

Michael Wendder, o sanfonerim safado. E ah, isso é uma longa história.
Da próxima eu conto. Fuisssss

Diz, erres


Digo,
Eu redireciono minhas forças todas juntas,
Todas as canções que cantarei em atos,
E todas minhas lágrimas que chorarei em versos,
Pra algum lugar secreto que deténs a chave.
Quero que me escondas!
Perda em mim o cheiro das tuas carícias
Pra que eu possa achar o toque desse aroma.
Digo,
Eu manho minhas tardes cinza; gris além
Na malha fantasia que tu deixas. Eu sigo.
Cada pétala de palavra que exalas
Cada entalhe postulado que espelhas.
Eu findo. Paro e recomeça o ciclo.
Digo,
Eu te amo. Assim, literalmente
Na voz de um anjo brando
Na tela de um ser excêntrico
Nos riscos de um menino livre
Na rua, na chuva, na saúde e em paz
Eu te amo em cada detalhe
Até nas risadas: Ra Ra Ra Re Ri Ro Ro
Digo,
Nunca se esqueça que eu te amo.
Pois eu não esqueci do erre.

Michael Wendder - Direitos reservados

Composto na madrugada de 25 de novembro de 2010 às 01h06min, inspirado na idiossincrasia de R.M.

Terra brasilis


Que mundo gozado esse!
Uma puta presidente;
Escondida atrás da sombra,
Bárbara, barata e barbuda!

Mas é assim mesmo. Falácias da vida.
Um beijo no escuro, sem muitos sussurros
Só grande arrepio e dor. Medo, asco.
De repente um grito, dois gemidos,
Quiçá e já não se sabe quem melou o que.
Só restaram as atômicas formigas
E os gafanhotos desvairados da paz

Que mundo biscate é esse que
troca seus valores na bolsa capital?
Que mundo de ações sem crédito,
endossado a rogo na matriz maior?
É esse café tão ordinário que mamãe vai detalhar?

A cama esta vazia, só os mercados restam cheios
Qual é o teu negócio? Eu quero ser teu sócio
Aqui, ali e acolá, na marginal falcão dos morros
E fronteiras. Dos cortiços e internatos.

Quem sabe ainda recebo outra Carta,
Cheia de princípios, sem retalhos.
Não, não. Pensando bem, Cartas não fazem milagres
Afinal de contas, quem precisa
de princípios exclusivamente?
Eu quero resposta. E num uma folha de papel
Que começa com "Nós, os representantes do blá bla blá
E termine num fúnebre: Amém! Não, não!
Eu quero respostas.

Que mundo gozado esse! Só não leva ao orgasmo.

Michael Wendder - Direitos reservados

Beleza


Agora que desperto êxtase
Próprios dos traços da esgrima;
Os meus cuidados graciosamente;
Lustram postular tua simetria.
Olho e molho minha candente alma.

Então a qualidade de perfeito surge
Mesmo na imperfeição dos gestos meus;
Esteticamente detalhado. Orquestra!
Regrado por um ímpeto harmônico.
Isto à qualidade de venturas rítmicas;
Torna paulatino o coração acelerado;
Ontem, hoje e amanhã, eu paro.

Abdico este ser a teu olhar preciso;
Zeloso e espera do milagre do amor;
Um brado de vozes diferentes soam;
Me dizem o que procuram essas almas:
Amor fito além da morte e dos porquês

Michael Wendder - Direitos reservados

Brasil


Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro,
vou cantar-te meu protesto;
Brasil dos milhões de famintos de
pão, paz, de carinho.
Eis aqui meu manifesto
Porque eu te amo doce mãe do sul
Porque eu te quero bem florão anil
Brasil dos grilhões libertinos
De rosas sem destino,sem amor e sem progresso
Será? Cessarão os gemidos das mulheres
e dos filhos pegos pela violencia, pela aversão,
pela indiferença dos osnhos meus e seus?

Eu vou cantar pra ti parte desse amor
Ferido e magoado mas que ainda é amor
Eu vou cantar pra ti os sentimentos meus tão seus

Brasil, dos filhos deste solo és mãe gentil
Brasil

Canção composta na tarde de 07 de novembro de 2010 às 18h36MS

Michael Wendder - Direitos reservados