Memento Mori



Corra livremente pelas areias alma minha
E seja completamente criança outra vez;
Liberte esse menino das amarras maculadas,
Dos sonhos frustrados, da coisa perdida e caminhe
Sim, caminhe. É caminhando que nascem estradas
E não importa para onde elas vão. Em que sentido? Norte ou Sul?
Pra que saber? Que diferença faz ou há no final do arco Iris quando
Se busca não buscar absolutamente nada e tudo ao mesmo tempo?
Destranque-se menina. Fuja menino. Liberte-se: Carpe Diem
Mas, lembre-se de és mortal


Michael Wendder - Direitos Reservados

Monet - Poesia pílula


Arrepios à descompassada graça;

Risco o risco e traços soam cor;

Tão menina e mulher à caça;

Estanque de amor a dor;



Direitos reservados ao autot

Parabéns Pânico na TV!


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O programa humorístico "Pânico na TV" nos fez chorar de rir inúmeras vezes. Contudo, na edição que foi ao ar neste domingo, dia 23, o lendário programa, por sinal o melhor das noites de domingo, nos fez chorar de emoção.
É impagável (sic) o sorriso no rosto de Gorete (Paula Veludo) em sua nova transformação. A história de vida, as dificuldades enfrentadas, o abandono de sua genitora, é apenas um pequena ponta do iceberg da vida desta guerreira, ainda mais numa sociedade hipócrita e preconceituosa como a nossa.
Passaria a noite toda digitando e tecendo elogios a equipe do Pânico na TV, mas as imagens e vídeos falam por si. Pra o programa apenas fez mais um "merchan", pra outros foi mera forma de alavancar audiência, pra uns A, pra outros B. Contudo, para este telespectador assíduo e para Gorete, foi uma transformação, geração de uma vida que o tempo e as circunstâncias roubaram.
"Quem faz um ser humano melhor está a um passo mais da alegria eterna que se possa imensurar"
Paaaaaaaaaaaaaaaanico na TV. Nossos aplausos galera.... "Ki bommmmmm"



Eleições 2010




A ORIGEM DE ALGUMAS PALAVRAS MUITO DEBATIDAS NESTA ÉPOCA ELEITORAL - De DEONÍSIO DA SILVA por Michael Wendder, adaptado

2010 ano eleitoral. Ano em que os gladiadores serão lançados ao apreço das massas, por que a cidadania é algo bem mais profundo que simples e meramente votar. Exercer o direito de sufrágio é algo tão poderoso que quase não se pode mensurar tamanha causa. Mas, se assim o é tão forte, tão poderoso, porque insistimos em viver nos cilos do "pão e circo", no cliclos do "cabresto", da ignorância? Porque? Na certeza é mais cômodo para ambas as partes continuarem de tal forma. De um lado a massa descrente anseia eleições apenas para "arrancar" alguns reais dos candidatos, pouco interessando a coletividade. O que vale é o cada um por si e Deus por nós - Na contramão desta, os políticos que mal acostumaram nossa gente, reforçam seus programas e auxílios do espetáculo Dantesco da "Cidadania participativa"

Olha que oralidade, fui a procura etimológica, ou seja, da origem da palavra de alguns termos que usamos em período eleitoral e deparei-me com eles, a saber, os candidatos são assim denominados porque na antiga Roma aqueles que se apresentavam a cargos públicos vestiam-se de branco. Suas vestes semelhavam a toga dos sacerdotes. Com isso, queriam demonstrar que eram puros, sobretudo em suas intenções. A palavra candidato veio de candidatus, vestido de branco. É mole ou quer mais? Vestido branco? Ocorre que eles reduziram a peça do vestido ao colarinho. Atualmente, quem tem vestido branco é mãe-de-santo. Alguns de nossos expressivos congressistas, valhem-se do "colarinho branco". Afinal de contas, o Brasil é um país tropical, muito calor aqui para usar vestido. Só o colarinho já está de bom tamanho.

A escória que nos governa esqueceu de uma coisa, ou de muitas mais, dentre as quais, a cor branca está associada, desde tempos remotos, às idéias de pureza e honradez. Nas democracias, marcadas por escolhas periódicas de representantes do povo, os candidatos passaram a vestir-se de muitas outras cores, mas permaneceu a etimologia do vocábulo. Entretanto, dado o que aprontam vários deles, inclusive depois de eleitos, a pureza foi sacrificada em nome de pragmatismos diversos, que incluem alianças dos supostamente puros com os comprovadamente corruptos.

Eleição (A ereção da massa, o tesão da cesta básica, o típico "malandro é malandro, mané é mané") também é palavra de origem latina. Veio de electione, escolha. Nos começos de nossa história política, exigia-se do eleitor certa renda, mas não instrução. Votavam apenas os ricos, ainda que fossem analfabetos. Depois estendemos o voto a todos os maiores de 18 anos, ricos e pobres, desde que alfabetizados.
Nossa atual Constituição, de 1988, revisada por Ulysses Guimarães na placidez da Fazenda São Joaquim, em São Carlos, no interior de São Paulo, conferiu o direito de voto a todos os brasileiros maiores de 16 anos, alfabetizados ou não. O voto é, no Brasil, além de direito, dever, já que é obrigatório dos 18 aos 70 anos.

Lindos os dispositivos da Carta Magna senhores, mas vos indago. O que mudou de Roma para cá? Exige-se instrução para votar? Óbvio que não, afinal de contas, “A politicagem busca gente que saiba ler, escrever e votar, não os que saibam pensar”. Hei, psiu: É facim, facim dona, só apertar os números lá e apertar no verdim. (sic) É tão "fácil" que até parece ritual macabro" e a idéia é essa. Uma mão lava a outra e a outra o eleitor leva na cara. Quem já viu político prestando contas fora do período eleitoral espontaneamente? (Piada)

Por fim, vereador, sinônimo de edil, vem do português arcaico verea, vereda, caminho. A função principal do vereador romano, denominado aedil, era verificar e tomar providências para a conservação dos edifícios. Edil e edifício têm origens semelhantes. Com o passar do tempo, vereador substituiu edil, mas as duas palavras designam a mesma função.

O vereador percorre as veredas - hoje elas se chamam avenidas, ruas, bairros, subúrbios, periferia - e vê o que falta ali. Faz seu projeto e o apresenta a seus pares na Câmara, assim chamada porque na antiga Grécia os locais em que os políticos se reuniam eram cobertos por abóbadas, semelhantes às das catedrais.

Em grego, abóbada é kamára. Quando passou para o latim vulgar, as pessoas começaram a pronunciar ""camára"", mas vieram uns falsos eruditos que, para diferenciar sua fala da do povo, tornaram-na câmara, proparoxítona. A língua portuguesa evita palavras proparoxítonas. O latim vulgar, o do povo, era mais coerente: ""camára"", como no grego.

As origens das palavras prefeito e município também são latinas. Os romanos denominavam praefectus a autoridade posta à frente das fortificações que cercavam o município. O praefectus, prefeito, era o chefe do municipium, município, o local onde as pessoas moravam e exerciam seus ofícios, tendo direitos e deveres.

Deputado veio do latim deputatu, enviado a alguma missão. (Gabriel, o pensador já nos revelou que missão foi essa) Em latim, deputare significou inicialmente podar, separar e, por fim, o sentido que hoje tem, de indivíduo que trata de interesses de outros. Já senatus, senado, conselho onde tinham assento os anciães, e senator, senador, o próprio ancião que atuava como conselheiro, também são palavras latinas. Este é também o caso de presidente, do latim praesidente, declinação de praesidens, presidente, designando aquele que está assentado à frente, na sede, no palácio, ocupando o primeiro lugar.

Para a presidência da república temos 3 candidatos expressivos: Dilma (PT) na continualismo, ao menos em tese do governo Lula, que entre prós e contras os benefícios foram assombrosamente maiores que os malefícios. Grifo - José Serra (PSDB), o candidato, na visão deste, mais preparado para a Presidência da República e os desafios do Brasil, rumo a potência mundial do século XXI e Marina Silva (PV) focada basicamente nas questões ambientais.

O poder, a capacidade de transformar a realidade está na assertiva de fazer a coisa certa e, coisa certa é aquela que acreditamos, confiamos. Temos apenas que aprender que “Não existe venda de votos. Existe compra de caráter”. O dia que isso ocorrer, poderemos dar outro sentido a sociedade, além do já preconizado por este, onde “Sociedade é a jaula onde entramos e esquecemos de ser cidadãos”


(fonte do texto principal: JORNAL DO BRASIL online)

Essa nossa indiferença












São tantas as máculas deste solo,

Espaços retalhados ao descaso ...

No chão buracos de uma rotina velha e nova;

Ostensiva e rápida de mais pra nos parar;

São tantos os sonhares deste solo...

Todos os caminhos levam a Roma?

Inventam mil bordões e frases. Será?

Vênus e Vemos o que nada sabemos reclamar;

E essa posição é clara. Nossa disposição: escura.

São tantos afezeres corriqueiros;

São muitas as taferas desta escola;

Enfim, a vida ensina ou apavora?

Meu Deus! Onde foi que eu errei?

O meu, o seu, os nossos pais isto diriam;

Se tão somente vissessem o que fingimos não notar.

Caí chuva, vão anos, papel e lixo impessoal. “Da nada não”

Índios são seres selvagens ou nunca fomos cívicos?

Ví um menino correndo na escória montouro: “Da nada não”

Índios são seres selvagens ou nunca somos límpidos?

São tantas mazelas desta terra, tanto do hoje pra depois.

Meu muro caiu no demagogo mar da indiferença e sucumbiu

Ocasião em que resolvo acordar. Vem de vertical comigo?


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Amor à eloquência


Restou prejudicado os meus dogmas
Em minhas meias verdades
Nos pés de outrem tão escasso santo;
De forma e maneira tal, que este altar de barro rachou;
Demora e déspota tal, que este ser de cinzas abalou;

Restou também as pétalas esparsas sobre a cama
De ventos ironia, de sonhos não vivídos nem comidos na padaria da esquina.
E sabe o que é massa nisso "truta"? Essa irrevencia escracha do poeta.
Toda festa começa engomada. Todo vinho degusta-se à taça.
Meus pudores à farra terminam. Quem matou a morte e gerou a vida?
A nossa história. Só a nossa, não foi diferente.
Só voltou cruel demais pra aceitar o fim.

Ah, e não penses que sou displicente quando digo e falo: restou
Restaram são muitas as caras, taras e bocas que tento esquecer.
Restaram é muito plural para tão pouco amor.
Restou, a mim, e tão somente a mim, a sobra de um homem agora, resto.


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