Entrelinhas de Maquiavel


O som do silêncio falante;
Queimando na noite avante;
Um vento deitado razante;
Era uma vez, eu menino amante;
Era uma vez eu, menino galante;
Um dia de noite abrasante;
Finge um sussurro ambulante;
Isto é tão maltratante;
Zeus, será deus ou um farsante?
Digo; Eu vou adiante!
A vida por si não é brilhante?
Vai minha paz suplicante
Invadir nosso leito distante?
Da pra cantar teu flagrante?
Agora não chore: levante.

Realmente, foi isso que fiz, pensante!
Sim, é isso que eu faço, sempre. Brilhante!

Michael Wendder - Direitos reservados

A chuva, Pai


A chuva vai,
Onde foi que nós perdemos a chance de encontrar os pingos sobre a face;
E correr pelas areias úmidas de felicidade sem os temores vermífugos de hoje?
Onde foi mesmo que o canto dos anjos desafinou nos fios relampejos da noite
E nem pudemos perceber que o dia raiou e já era tarde. Onde foi mesmo?
A chuva cai,
Despenca no solo deste seco mangue, um vil odor de adeus sem medo;
Sem dó, sem piedade, sem vontades e verdades. Só restam lamas e lamurias.
Que a cada passo dado nesta esteira frontal, doze mil são regressos ao nada
Onde foi que o sabor dos sabores findou-se? Ele sequer existiu? Será?
A chuva sai,
Pelas janelas da minha alma e escorrem pelo rosto a pena da tua sina;
Tão jovem e imatura tuas decisões infante que nem as indago mais.
Evaporam-se pra um céu de mármore frio e morto como tuas palavras;
Que nem quero e posso ouvi-las. O resto é resto. E o fim não é: “era uma vez”
É simples, pura ou dramaticamente o fim. Ponto final sem voltas e traços.
A chuva , Pai,
Acena para eu tão célere e cruel, que já nem sei a cor das folhas ou dos frutos;
Onde foi que eu pensei haver o nós e as vozes todas misturadamente nítidas.
Que encantavam os verões da minha senda pitoresca. Mas, sensata e fiel.
Enquanto eu tomava banho de chuva, um vendaval me consumia vagarosamente
Onde foi que nós perdemos a rima? Foi bem ai que nossa vida virou o cada singular De ontem, Hoje, apesar das manchas, eu sobrevivi ao novo tempo que brilha.
E você, ex-nós? E você? Chega de encharcar as ideias.
Renasça para não apodrecer na casca e vai voltar a rima. Ponto final.

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Palavra do século: Obrigado!


Contrariei a física mortal e mundana dos homens
E pude por instantes que me foram ternos, parar a terra.
Como quem despenca de um desfiladeiro de alegrias,
Ou é arremessado as bilhões de estrelas,
Meus olhos, nos reflexos dos teus, ganharam um novo riso.
É tão bom saber que você existe e que não mudou nada;
É tão mágico apreciar as verdades de teus lábios;
As carícias desse jeito probo e lhano que eu tanto amo.
Obrigado por mudar a minha vida de boa para espetacular.
Muito obrigado, mais que obrigado. Aplausos!

Humildes palavras dedicadas à alguém que mudou a minha vida. Faltam adjetivos!
Palavras essas inspiradas na idiossincrasia de G.S

Zombe de mim. De eu, não!


O choro não se coaduna com via eleita.
Em sede preliminar observo nulidades em seu toque;
Posto que desde já determino afastamento de tuas lágrimas.
Tudo em você contém vícios? Minta pra mim, ele adora.
Grite por mim: ele ama. Só saibas de algo: Mim, não sou eu.
E já que chegamos à porta do mérito, a gaiola está aberta,
A ilha está repleta de embarcações à vista: Podes partir, voar.
Só não zombe da minha inteligência como cuspiu no meu amor.
O dia que a tez da manha tua for resquício desse dízimo vendido que devolves
E o café não estiver à mesa, nem os lençois alinhados, como sempre
Cuide para não afogar-se nas próprias mentiras que tens patinado
Acorde para si seus medos enquanto ainda os tem, infante!
Nesse sentido que caminhas, nem a solidão vai acolher-te.
Declaro remidos os teus dias, todos e página virada.


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Todos Iguais? Sim. Todos iguais


Desce desse trono bobo arrogância humana
E olhe pra dentro de ti
Em que se difere todos seres?
Humanos, carentes, diferentes, tão iguais
Somos todos filhos de um só pai.
Onde está o teu direito branca pele sobre a negra?
E tua negra sobre a índia ou amarela?
Desce desse trono bobo arrogância humana
E olhe pra dentro de ti
Não há uma raça pura, elevada neste mundo
Viva a miscigenação
Viva a miscigenação

Todos irmãos, de mãos dados ou não
Todos iguais por um ideal comum, viver
Todos irmãos, braços dados ou não
Todos iguais eu e você.

Ainda existe esperança pra rosa que chora?
Ainda existe um porque pra viver?
Ainda existe uma luz que brilha no túnel?
Ainda existe saída pra Ti?

Independente de sermos filhos de quem somos
De que berço nascemos, de que povos viemos
De onde vem nosso sangue, ou que língua falamos
O que estamos fazendo somos todos irmãos
Independente do dinheiro ou status
Vamos dar a nós mesmo uma chance de ser
Homens, mulheres, cidadãos de verdade
Que a nossa vaidade seja da paz e união.

Ainda existe esperança pra rosa que chora
Ainda existe um porque pra viver
Ainda existe uma luz que brilha no túnel
Ainda existe saída pra Ti


Letra e Musica: Michael Wendder de Paula Souza
Canção composta às 18:21 da tarde do dia 07 de maio de 2007.

O nosso papo de sexta me fez voltar no tempo e relembrar uma canção que escrevi ha muito tempo

O que você faria?


O que você faria se o seu coração o convidasse para atravessar o Atlântico;

E como quem nunca voou ou navegou antes, apenas fechasse os olhos;

Num sonoro sim interior? O que você faria?


O que você faria se o seu coração viesse até seus olhos;

E que neles se enchergasse toda grata verdade e alegria;

De quem, como uma criança feliz, abre os braços a sua espera?

Me diz: O que você faria?


Sinceramente eu não sei o que faria. Só sei o que fiz e o que farei em breve;

Pensar demais não resolvem os problemas, ainda que de solução lógica;

Ame a quem te ama pra vida acontecer de verdade.


E viveram felizes para sempre.


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Seguir, trará a cura?


Segues sem meu coração o fim da estrada;
Cegas pela multidão tropeçam em areias pó;
Sedes de filiais sem corpo e alma;
Negas que me amas de palavras, mentiroso.

Pensas que seguir trará a cura?
Sabes, se partir não tem mais volta.
Tensas, nossas noites de loucura.
Cabes tu no peito meu, agora?

Fostes e comigo resta o pulso,
Teu, o jeito doce desse ser que amo.
Fostes, mas eu sei: nunca partistes,
Meu, o coração é bobo: humano e apaixonado.

Pra que seguir na direção contrária?
Quem foi afinal: eu ou você, roubou o coração de quem e partiu?
Pra que seguir na direção contrária?

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Maria Madalena


Meu amor resta infrutífero, agora
Mas, ainda direi algo lindo: eu nunca agonizo
Minha alma rota insâna, aquém
Mescla ânsias de amor latente entre novas amarguras
Meus atrasos rasos infiéis, aqui
Mentem assim: discadamente algum libido. Eu, não ama.

Quando vais eu ver, ter e requer, enfim, ó Maria?
Quando vais aprender amar de verdade? Silêncio.
Menos fala, menos barulho. Tente ouvir a consciência
Gritar aos berros a resposta tão simples e fácil.

Quando vais aprender amar de verdade?

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