Apague a luz


Não estou com medo futuro. Mas, com receio do presente!
Esses embrulhos com laços tortos de lembrança tão loquaz;
São como festival de inverno em canto quente e úmido qualquer
Se pudesse, jamais tornaria a sonhar com você. Eu caminho.
Sim, e como eu caminho. Mas a êxtase do seu “jeitinho” me acompanha;
Exorcizo, tento correr mil léguas por segundo pela Terra e nada.
Apenas cansam minhas pernas e braços, desfalecidos sem ar.
E o coração? Ah, esse não te esqueceu ainda. Seja pelo bem ou mal
Bom ou ruim, certo ou errado. Não sei a cor das sombras e da sua mais,
Nem da minha alma, se é que a tenho ainda, perdida, mutilada e órfã
Maria deixa-me realmente virar a página. É preciso, por favor!
Não estou com medo do futuro, só dispenso o presente.
Meu aniversário é só no fim do ano. Agora silencio, preciso voltar à caminhada.
Apague a luz da memória pra que eu possa trocar os meus passos!

Michael Wendder - Direitos reservados

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